Após falhas recorrentes, SAMU de Apucarana trocará operadora para garantir estabilidade no atendimento 192

Após falhas recorrentes, SAMU de Apucarana trocará operadora para garantir estabilidade no atendimento 192
De acordo com a Secretaria de Saúde, a situação chegou ao limite, o que levou a Autarquia Municipal de Saúde (AMS) a iniciar o processo de portabilidade do número para uma nova empresa — que já presta serviços à Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Apucarana (SAMU) anunciou hoje (quinta-feira – 03/07) a troca de prestadora de serviços de telefonia. A decisão, segundo o secretário municipal da Saúde, médico Guilherme de Paula, foi motivada pelo histórico de falhas com a atual operadora responsável pela linha de chamadas 192.
De acordo com o secretário, a situação chegou ao limite, o que levou a Autarquia Municipal de Saúde (AMS) a iniciar o processo de portabilidade do número para uma nova empresa — que já presta serviços à Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros.
“O SAMU enfrenta problemas técnicos de telefonia há muito tempo. Assumimos a Prefeitura em janeiro e, desde então, intensificamos o diálogo com a operadora para que as falhas fossem definitivamente sanadas, garantindo estabilidade ao sistema de emergência. Contudo, apesar de todas as tentativas e esforços, os problemas persistem. Não podemos mais permitir que um serviço tão importante para a população, como é o SAMU, permaneça nesse impasse”, afirma Guilherme de Paula.
O coordenador do SAMU, enfermeiro Miquéias Romagnolo, destaca que foram inúmeras as tentativas de resolução. “Registramos boletim de ocorrência, abrimos dezenas de protocolos. Por orientação da operadora, chegamos a trocar todo o equipamento, mas os problemas persistem, dificultando o nosso trabalho, que é salvar vidas”, ressalta o coordenador. Ele informa ainda que, diante da gravidade da situação, o caso chegou a ser acompanhado pelo Ministério Público. “Com a mudança de operadora, o problema de comunicação entre quem precisa do atendimento do 192 e a central de regulação deve ser resolvido. Isso nos dará a segurança necessária para cumprir nosso principal objetivo: chegar o mais rápido possível às situações de urgência e emergência”, pontua Romagnolo.
Missão – O secretário Guilherme de Paula reforça a importância de a população seguir corretamente o protocolo de atendimento. “Sabemos que, ao ligar para o 192, a pessoa está em um momento de aflição. Ainda assim, é fundamental que responda com clareza todas as perguntas da central de regulação, que atende a 17 municípios. É imprescindível informar nome, cidade de origem, endereço com ponto de referência (como escola, mercado, posto de saúde) e descrever o que está acontecendo”, orienta.
A partir da chamada, os técnicos auxiliares coletam as primeiras informações sobre a vítima e sua localização e, então, transferem a ligação ao Médico Regulador. Esse profissional identifica a emergência, pode oferecer orientações de saúde e, quando necessário, aciona as unidades móveis. Na impossibilidade de contato pelo telefone 192, a pessoa deve acionar o Siate (Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma e Emergências), do Corpo de Bombeiros do Paraná, pelo telefone 193.
QUANDO CHAMAR O SAMU 192
Problemas cardiorrespiratórios; Intoxicação exógena e envenenamento; Queimaduras graves; Trabalho de parto com risco de morte da mãe ou do feto; Tentativas de suicídio; Crises hipertensivas e dores no peito de aparecimento súbito; Acidentes ou traumas com vítimas; Afogamentos; Choque elétrico; Acidentes com produtos perigosos; Suspeita de infarto ou AVC (sintomas como alteração súbita na fala, perda de força em um dos lados do corpo e desvio da comissura labial); Ferimentos por arma de fogo ou arma branca; Soterramentos ou desabamentos com vítimas; Crises convulsivas; Outras situações consideradas de urgência ou emergência, com risco de morte, sequelas ou sofrimento intenso.
QUANDO NÃO CHAMAR O SAMU 192
Febre prolongada; Dores crônicas; Vômito e diarreia; Cólica renal; Dor de dente; Troca de sonda; Cortes com pouco sangramento; Entorses; Transportes inter-hospitalares de pacientes de convênio; Transporte para consultas médicas ou realização de exames; Transporte de óbitos.
Obs.: Nos casos sem características de urgência ou emergência, ou mesmo em situações de baixa complexidade, o paciente deve procurar atendimento na Unidade Básica de Saúde mais próxima.
Fonte: Prefeitura de Apucarana