UFPR desenvolve carne de polvo cultivada em laboratório e ganha destaque em chamada internacional
Postado 11/05/2025 10H55

UFPR desenvolve carne de polvo cultivada em laboratório e ganha destaque em chamada internacional
A participação da UFPR no projeto internacional surgiu por meio do NAPI Proteínas Alternativas
Pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) integram um projeto internacional aprovado na 2ª Chamada Transnacional Conjunta da Parceria de Economia Azul Sustentável (SBEP), iniciativa que busca soluções tecnológicas com baixo impacto ambiental e benefícios para a vida marinha.
O projeto, chamado SEANERGIES, tem como objetivo desenvolver carne de polvo a partir de cultivo celular usando biomassa marinha. Além da UFPR, o consórcio reúne universidades e empresas de vários países. No Brasil, o projeto conta com apoio da Fundação Araucária.
A proposta tem coordenação dos professores Rodrigo Luiz Morais da Silva (Administração) e Carla Forte Maiolino Molento (Zootecnia) e foca, principalmente, nos impactos sociais da transição da pesca tradicional para a produção de carne cultivada, especialmente em países como Brasil, Portugal e Itália.
A participação da UFPR no projeto internacional surgiu por meio do NAPI Proteínas Alternativas, rede de pesquisa coordenada por Carla Molento. Foi a partir dessa articulação que os professores se conectaram a cientistas de outros países e passaram a integrar o consórcio.
A equipe brasileira será responsável por avaliar, com métodos qualitativos e quantitativos, os efeitos sociais e econômicos dessa nova tecnologia para pescadores, comunidades costeiras e outros envolvidos na cadeia produtiva. Também serão analisadas questões ligadas ao bem-estar animal, considerando que os polvos são animais com alta cognição.
A chamada internacional envolve 25 países, com financiamento da União Europeia, e está alinhada à Década da Ciência Oceânica da ONU. Das 110 propostas enviadas, apenas 24 foram aprovadas, sendo seis com participação de pesquisadores brasileiros.
O projeto SEANERGIES reúne instituições da Espanha, Portugal, Itália, Noruega e Brasil, e deve começar entre maio e agosto de 2025, com duração de até três anos. No Brasil, as iniciativas aprovadas contam com o apoio do Confap e de fundações estaduais de pesquisa, como a Fundação Araucária.
Fonte: Bem Paraná
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